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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Pilantra

O ex-presidente de um lugar onde trabalhei era um cara muito vil e sem escrúpulos, além de roubar muito dinheiro da empresa, quando foi desmascarado, sem que nenhum dos diretores soubesse, colocou todo mundo na berlinda.

Resumindo o cara foi mandado embora e por sorte não foi processado(estranho isso mas foi o que ocorreu).
Obviamente fiquei fulo da vida, quando isso aconteceu, mas como eu e alguns outros diretores tínhamos documentos comprovando a nossa idoneidade (outros mesmo sendo corretos não puderam comprovar e foram demitidos), Por não haver rancor(isso é para os fracos) não excluí todos os contatos desse ex-presidente pilantra, portanto, também não excluí contato do messenger. Ele sempre usa como imagem um canhorro (foto padrão do MSN). Quando vi um dia que ele tinha entrado com essa foto eu quis dar uma alfinetadinha:

Eu:
- Olá, tudo bem? Quanto tempo? O que tem feito da vida?

Pilantra:
- Tudo bem, e com você? Estou tendo um período sabático.
- Fui viajar para a Europa para me desestressar e aproveitar a vida um pouco.

Eu: (pensando. Claro com a grana toda que você roubou até eu. Aqui no Brasil o crime sempre compensa para quem é amoral).
- Nem tinha reconhecido você, você colocou a foto de um cachorro no seu MSN.

Pilantra:
- ah sim gosto de cachorros e esse parece o que tem em casa

Eu
- O seu apartamento é grande mesmo, mas para ter um São Bernardo? O bichinho não sofre?

Pilantra
- não ele fica na casa de Campos do Jordão...

Eu (pensando. O crime compensa MESMO para quem é amoral, decidi cutucar)
- Mas a característica do cachorro não é que ele é fiel?

Pilantra
-é sim, boa essa! Mudando de assunto.... Estou precisando de um bom Diretor de Tecnologia...

Eu (pensando: vai rolar uma sondagem?!?!)

Pilantra
... você conhece alguém? O cara tem que ser realmente bom!

Eu (pensando, filho da....)
- Não conheço nenhum que esteja livre ou no seu nível. você tem mais alguma vaga para funções mais baixas?

Pilantra
- Tenho sim, na zona lá perto de casa, mas acho que sua mãe, não vai poder trabalhar porque tem que ser só mulheres TOP para atendimento VIP.

Eu (indignado)
- Que isso? Tá Louco? Põe a sua então e tira ela lá no porto de Santos.

Pilantra
- Deixa aquela desgraçada lá para morrer de AIDS.rsrs

Eu (horrorizado e pensando como o cara consegue rir disso)
-Você é doente mesmo...

Pilantra
Até sou, mas tenho dinheiro para a cura.rsrs
Parou a nevasca e eu preciso aproveitar esse momento para poder esquiar. Boa sorte no seu trabalho. See you....

------- end of conversation ---------------------------------------------------------------------

Acha que pode?

O cara além de ser um picareta, me insulta e chama a própria mãe de desgraçada.
Aí eu fico pensando como é que um cara desses dorme?
Acho que a postura desse tipo de gente é igual a um monte de políticos.
Será que alguém em Brasília pode me responder?
Acho que não porque todo mundo deve estar esquiando agora.
Esse Pilantra é mesmo liso, se bobear, vai ser candidato em Outubro.

Por fim, excluí o contato e bloqueei esse cara no messenger.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Sugestão para a verba do IPTU

Vou mandar o link do meu Blog para o nosso Mayor (Kassab) sugerindo esse tipo de adequação ao nosso transporte público. Quam sabe ele não prefere fazer essa mudança antes que resolva cobrar IPTU dos carros que mais ficam parados do que andam. Comentem se gostarem da idéia.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

IPTU

Otimo texto do Fábio Danesi Rossi que pode ser visto no blog http://www.ordemlivre.org/textos/871

O que acrescento é que a prefeitura nada faz senão aumentar a verba de publicidade para 34 milhões de reais. Mais tarde comento isso, mas por enquanto se divirtam com o texto.

Forte abraço,


Uma conversa com a Prefeitura a respeito do IPTU


03 de Fevereiro de 2010 - por Fábio Danesi Rossi

Tags: tributação IPTU impostos distribuição de renda



A prefeitura de São Paulo aumentou o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, mais conhecido como IPTU. Tive uma conversinha com ela.





EU: Pra que serve o IPTU?

PREFEITURA: Simples. Pra eu deixar você morar onde você mora.

EU: O IPTU serve pra você me deixar morar em minha própria casa?





Prefeitura sorri.





PREFEITURA: Falei que era simples.

EU: Mas se a casa é minha, por que eu tenho que pagar pra você?

PREFEITURA (incrédula): Só faltava essa. Querer morar de graça em sua própria casa. Que mais você quer? Hein?

EU: Eu quero saber por que que eu tenho que pagar.





Prefeitura faz um gesto de impaciência.





PREFEITURA: Olha, funciona assim: quer morar, paga. Aliás, pode ir passando a grana.

EU: Você sabia que o prédio onde moro paga trezentos mil reais por ano de IPTU?

PREFEITURA: E daí?

EU: E daí que, além disso, a gente ainda tem que pagar uma empresa particular de segurança. A gente paga trezentos mil e não recebe nem segurança em troca. Outro dia fizeram arrastão num prédio a um quarteirão de distância.





Prefeitura pensa um pouco.





PREFEITURA: Quer morar, paga.

EU: Vai pelo menos arrumar o asfalto lá da rua?

PREFEITURA: Arrumei na semana passada, animal.

EU: Arrumou? Você mandou um pessoal ir lá com caminhões e britadeiras às três da manhã. Minha filha acordou com o barulho. Minha filha tem oito meses. Você não respeita o sono de um bebê.

PREFEITURA: Se não arrumo, você reclama. Se arrumo, também reclama.

EU: O pior é que não arrumaram nada. No dia seguinte choveu e abriu um monte de buraco.

PREFEITURA: E a culpa é minha? Chove e a culpa é minha! A culpa é do aquecimento global.

EU: E as calçadas?

PREFEITURA: Que que tem as calçadas?

EU: Que que tem é que não tem calçada. Não consigo passear com o carrinho da minha filha. Tem degrau, buraco, poste, árvore, pedra solta. Off-road total.

PREFEITURA: Calçada é reponsabilidade do contribuinte. Cada um cuida da sua.

EU: Então fiscaliza, porque todas as calçadas são irregulares.

PREFEITURA: Quer morar, paga.

EU: E o esgoto?

PREFEITURA: Vai reclamar do esgoto também?

EU: Vira-e-mexe o esgoto sai na rua, caminha alegremente pelo meio-fio. E o bairro fica com um cheiro podre. E olha que é um dos melhores bairros da cidade.

PREFEITURA: Você só pensa em você e no seu bairro.

EU: Eu?

PREFEITURA: É. O IPTU não é apenas pra cuidar da sua rua. O IPTU é pra ajudar os bairros mais pobres.

EU: É caridade então?

PREFEITURA: É, é caridade. Por quê? Você é contra caridade?

EU: Não, imagina. Mas é que caridade obrigatória não é caridade, né?

PREFEITURA: Como assim?

EU: Caridade tem que ser voluntária, não tem? Por definição. E você está me obrigando a a pagar o imposto.

PREFEITURA (com cara de “Arrá! Te peguei!”): Então você não quer ajudar os mais pobres?

EU: Não, claro que quero. Eu não sou rico, mas quero ajudar os que são mais pobres que eu.

PREFEITURA: Então para de reclamar.

EU: Tá, eu paro. Mas me diz: se o imposto do meu prédio vai todo ou quase todo para ajudar as pessoas dos bairros mais carentes, por que os bairros mais carentes continuam, absurda e eternamente, carentes? Se o dinheiro dos bairros mais ricos vai para os bairros mais pobres, era de se supor que os bairros mais pobres fossem mais ricos que os bairros mais ricos. Ou não?

PREFEITURA: Não sei do que você está falando. Você me deixou confusa agora.

EU: Relutantemente, eu até aceito que você pegue trezentos mil reais do meu prédio e não gaste um centavo para tornar a minha vida menos desagradável. Tudo bem. Mas você dá segurança para os mais pobres? Transporte público decente? Uma escola que preste? Vou te contar uma história.

PREFEITURA: Não, pelo amor de Deus, não precisa contar nada.

EU: Não, é rapidinho, deixa eu contar. Não faz muitos anos, eu trabalhava numa editora...





Prefeitura faz cara de quem não está nem um pouco interessada.





EU: A editora abriu um concurso pra financiar projetos educacionais desenvolvidos por professoras primárias de escolas públicas. Li os dez melhores projetos. Todos, juro, TODOS tinham erros grotescos de português. Não deslizes. Não errinhos. Erros GROTESCOS. E eram de professoras primárias de escolas públicas. E eram das melhores professoras primárias de escolas públicas.

PREFEITURA: Quer morar, paga.

EU: Tá, tudo bem. Eu pago. Mas precisava aumentar o imposto?

PREFEITURA: Precisava. Você quer ou não quer ajudar os pobres?

EU: Mas os pobres não parecem estar se dando muito bem com essa política de imposto alto. Veja: quanto mais impostos as pessoas pagam, menos dinheiro elas têm. E quanto menos dinheiro elas têm, menos riquezas são produzidas. E quanto menos riquezas são produzidas, menos empregos são criados. A sociedade fica mais pobre. O rico fica mais pobre. O pobre fica mais pobre. Todo mundo fica mais pobre.

PREFEITURA: Eu não fico. (boceja) Quer morar, paga